terça-feira, 23 de outubro de 2012

Alergias a alimentos – Como e Por que acontecem?



Provavelmente você conhece alguém que – de repete – ficou alérgico a algum alimento, mas que antes o consumia tranquilamente sem ter esse tipo de problema. Pois saiba que essa reação não é tão instantânea quanto parece. Neste artigo, aDra. Loraine Landgraf, especialista em Alergia e Imunologia do Hospital VITA Batel,  responde como e por que isso acontece. Confira:
Estima-se que as reações alérgicas aos alimentos acometam de 6 a 8% das crianças com menos de 3 anos de idade e 2 a 3% dos adultos. Os alimentos que mais causam alergias são: leite de vaca, ovos, amendoim, trigo, soja, peixes e frutos do mar.
A alergia alimentar ocorre quando o sistema imunológico de uma pessoa reage às proteínas de um determinado alimento. Resulta de uma resposta exagerada do organismo a determinada proteína presente nos alimentos, no entanto, o organismo precisa de um determinado tempo para desenvolver essa reação alérgica.
Uma pessoa pode ingerir o alimento durante anos e não apresentar uma reação alérgica e a partir do momento que o organismo montou todas as “peças” de uma reação o paciente começa a ter reações alérgicas ao alimento. A partir desse momento, deve-se evitar a ingestão do alimento causador da alergia porque  os sintomas podem ocorrer mesmo após o consumo de pequenas quantidades.
É mais comum em crianças abaixo de 3 anos de idade, nas quais o leite de vaca e ovo são os alimentos desencadeantes mais frequentes. A alergia alimentar envolve um mecanismo imunológico e tem apresentação clinica muito variável, com sintomas que podem surgir na pele, no sistema gastrointestinal e respiratório.
A reação mais comum é a urticária que são placas vermelhas na pele que coçam muito. Alguns pacientes podem ter tosse, chio no peito, dificuldade de respirar, náusea, vômitos, diarreia, dor abdominal, inchaço nos lábios, na boca e na garganta.
Um médico alergista e imunologista é o profissional mais qualificado para diagnosticar a alergia alimentar.  O diagnóstico requer uma avaliação detalhada do problema.
Os testes cutâneos alérgicos, realizados diretamente na pele, podem determinar qual alimento o paciente tem alergia. É um método de diagnóstico que deve ser realizado pelo médico alergista, que após a história clinica e o exame físico, indicará os testes.
Em algumas situações os testes devem ser substituídos pela dosagem de IgE específica no sangue.
Reações graves
O amendoim, os frutos do mar e o leite de vaca são os alimentos que com maior frequência provocam reações graves, as chamadas reações anafiláticas com manifestações mais intensas acometendo vários órgãos simultaneamente, é uma reação súbita, grave que impõe socorro imediato por ser potencialmente fatal. Inicia-se com coceira generalizada, inchaços nos olhos, lábios e garganta, tosse, rouquidão, diarreia, dor de barriga, vômitos, aperto no peito com queda brusca da pressão arterial, arritmia cardíaca e choque anafilático.
Até o momento não existe um medicamento especifico para alergia alimentar. São utilizados medicamentos para o tratamento dos sintomas, sendo de extrema importância fornecer orientações ao paciente e familiares para que se evite novos contatos com o alimento desencadeante.
Existem estudos em andamento para induzir gradativamente a tolerância ao alimento desencadeante, mas não é realizada para todos os alimentos responsáveis pela alergia alimentar e deve ser realizada por profissional treinado e especialista em alergia.

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